Pastoral

ONDE ENCONTRAMOS O GOVERNO DE DEUS?

Reflexão extraída da obra de Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022]1, que traduzi livremente, resumi, adaptei e recortei para esse espaço pastoral. Deus nos abençoe. Em Cristo Jesus, Rev. Samuel S Bezerra.

Precisamos de governo na igreja de Jesus Cristo. Mas onde vamos encontrar esse governo?

Na igreja nos submetemos à vontade do nosso Rei, Jesus Cristo, e nosso Rei nos direciona para a Bíblia, Sua Palavra que nos foi dada. A Bíblia apresenta todos os detalhes do governo da igreja de que a igreja precisa. Cristo não é apenas o Rei da igreja, Ele também é o Profeta da igreja. Ele nos diz na Bíblia que Ele nos deu tudo o que precisamos para crer e viver como Seus discípulos. Nosso Rei nos dá nossa Constituição, a Bíblia.

Isso não significa que temos todos os detalhes que gostaríamos de ter. Quantos presbíteros a igreja deve ter? Com que frequência devem se reunir? O que faço se discordar de uma decisão do Conselho? Não é possível encontrar respostas para essas perguntas olhando para um único versículo da Bíblia. Mas temos todos os detalhes de que precisamos. A Bíblia nos dá um sistema completo de governo e, dentro desse sistema, a liberdade de fazer e responder a esses tipos de perguntas e muito mais.

Vamos pensar em cinco pontos que respaldam o sistema presbiterianismo (cada domingo observaremos um aspecto). Esses pontos resumem grande parte do ensino bíblico sobre o governo da igreja e nos ajudam a entendê-lo. Para isso, manteremos outra pergunta diante de nós: Como podemos viver melhor a vida cristã à luz do que a Bíblia diz aqui? Quem sabe, alguém pode conceber que o ensino da Bíblia sobre o governo da igreja é apenas para pastores, presbíteros e diáconos, mas isso não está correto. O ensino é para todos nós. Há uma grande bênção reservada para nós quando pensamos em como esse ensino se relaciona com nossa vida cristã. E isso é verdade mesmo que nunca pensemos em assumir liderança na igreja.

Nessa pastoral vamos brevemente pensar sobre o primeiro ponto do governo da igreja, isto é quem é a igreja?

A Igreja

Como uma equipe, um corpo, uma família, compartilhamos interesses. Temos membros e líderes. Temos reuniões e regras. Coletamos e distribuímos contribuições. Mas de outras maneiras importantes, a igreja é diferente de qualquer organização humana no Planeta Terra. Essa é uma afirmação impressionante, e só a fazemos porque a Bíblia a faz.

Quem?

Quem é a igreja? Ela não é um prédio. Quando as pessoas dizem: “Vou à igreja no domingo”, é possível que elas estejam se referindo ao prédio onde a igreja se reúne no domingo. Mas a igreja é um povo, o corpo de Cristo Jesus, a noiva de Cristo e o edifício ou templo de Cristo Jesus. Mas não foi assim que Deus nos encontrou. Ele criou um povo para Si mesmo. A igreja é uma criação divina. Assim como, em Cristo, os cristãos não são nada menos do que uma “nova criação” (2 Coríntios 5.17), a expressão visível do que Jesus chamou de “reino de Deus” ou o “reino dos céus”. Quando você lê os Evangelhos, não pode deixar de notar que o grande tema de Jesus é o reino. É assim que Ele começa Seu ministério público na Galileia: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1.15). E quando Ele retornar, dará o toque final ao Seu reino (Mateus 13.47-50). Portanto, o reino é o governo visível e o reinado de Deus em Cristo Jesus. E foi a morte e ressurreição de Jesus Cristo que trouxeram poderosamente o reino ao mundo. Você e eu não estendemos ou crescemos o reino. Somente Deus faz isso, em e por meio de Jesus Cristo.

Então, onde está o reino hoje? A resposta do Novo Testamento é na igreja. Se você quiser ver o reino, olhe para a igreja. Percebemos essa conexão íntima a partir da maneira como Jesus entrelaça “reino” e “igreja” em Mateus 16.13-20, e como o apóstolo Paulo, inspirado pelo Santo Espírito, vincula o reino às realidades do Evangelho de “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” em Romanos 14.17. A igreja, o povo de Deus, é o “reino” que Deus criou. Escrevendo às igrejas no Apocalipse, o apóstolo João, apresentando o remetente, declara:
Apocalipse 1:5-6: […] e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio para todo o sempre. Amém!
A Igreja é a expressão do Reino de Deus, e portanto, há muitas bênçãos oriundas da participação nesse reino. Por um lado, Jesus promete que Seu reino nunca falhará – “sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). A igreja vai “de força em força” (Salmos 84.7) almejando o dia do reinado consumador e plenificador, do único e verdadeiro Rei, Jesus Cristo. (Apocalipse 11.15). Por outro lado, Jesus promete Sua presença com Sua igreja até “o fim do mundo”, isto é, o dia em que Ele retornará em glória (Mateus 28.20). Nenhum outro estado, empresa, clube ou organização pode reivindicar isso. Mesmo quando o número de membros da igreja for tão diminuto, Jesus promete Sua presença com eles (Mateus 18. 20). Então, a igreja é, no sentido real da palavra, “extraterrena”. Deus nos criou. Deus nos preserva. Deus nos faz crescer. E Deus estará conosco até o fim. Que honra inaudita! Que privilégio indescritível! Que riqueza incalculável! Ser Igreja, Reino de Cristo Jesus! Ao Rei Jesus seja a glória para todo o sempre. Amém.


1 A Editora Cultura Cristã, em 2018 publicou em português outro trabalho de Prentiss Waters, intitulado “Como Jesus governa a Igreja”, anterior a este que compartilharemos nas nossas pastorais, mas de igual modo, notável e elucidativo. Incentivo sua leitura e apreciação.

 

Pastorais

Reflexão extraída da obra de Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022], que traduzi livremente, resumi, adaptei e recortei para esse espaço pastoral. Deus nos abençoe. Em Cristo Jesus, Rev. Samuel S Bezerra.

Por que o governo da Igreja é importante?

Continuamos apresentando as razões pelas quais o governo da igreja é importante. Já vimos em edições anteriores que é em razão: 1) De nossa expectativa. Por quê? Porque o governo é parte da estrutura da vida dos seres humanos; 2. De nossa necessidade de governo para andarmos ordeiramente; 3. Do nosso Deus. O caráter do nosso Deus nos ajuda a perceber a necessidade de governo na igreja; 4. Do nosso Senhor. O aspecto real do próprio ofício do nosso Salvador nos fala sobre que tipo de reinado Ele exerce sobre sua igreja. E por fim, em razão:

Do nosso povo

A identidade e as necessidades do nosso povo, a igreja, nos ajudam a entender por que Deus nos proporcionou um governo nas Escrituras. Deveras a igreja é o reino de Cristo, mesmo sendo ao mesmo tempo a nação e a casa de Deus (Efésios 2.19). O Novo Testamento, e especialmente o apóstolo Paulo, usa ainda outras imagens para descrever a igreja. Somos o Corpo de Cristo (1 Coríntios 12; Efésios 4.15-16; Colossenses 2.19). Somos a noiva de Cristo (Efésios 5.22-23; 2 Coríntios 11.2). Somos o edifício de Cristo, seu templo (Efésios 2.20-22).

Essas imagens, cada uma à sua maneira, capturam algo fundamental para a vida e o trabalho da igreja. Por um lado, a igreja é uma. Cristo tem uma noiva, não muitas. Ele tem um corpo, não muitos. Ele tem um templo, não muitos. Por outro lado, a igreja é muitas. O corpo é composto de muitas partes ou membros (Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.12-31). O edifício de Cristo, seu templo, tem muitas “pedras vivas” (1 Pedro 2.5). E a nação é composta de muitos cidadãos (Efésios 2.19).

Assim, a igreja é ao mesmo tempo uma e muitas. Como esses dois aspectos de sua vida se encaixam? Esse foi um desafio que a igreja já enfrentava no primeiro século. Paulo aborda essa preocupação diretamente em 1 Coríntios 12. Ele enfatiza que, para toda a diversidade de dons no corpo de Cristo, eles procedem do “mesmo Espírito”, “o mesmo Senhor” e “o mesmo Deus” (vv. 4, 5, 6). É o único Deus que atribui soberanamente e torna eficazes todos os dons para seu povo. Todos os dons são dados com um único propósito, “o proveito de todos” (v. 7).

Mas a unidade não é uniformidade. Há uma diversidade de dons, e ninguém possui todos os dons (vv. 29–30). Esta é a beleza da igreja. Há aquele que pode pregar de maneira que o leve profundamente na Palavra de Deus e o faça ver que Deus é grande e misericordioso. Há aquele que sabe exatamente como encorajar e estimular os santos para o serviço prático. Há aquela que tem o talento de buscar e cuidar dos solitários na igreja. E outros dons mais. Quem poderia ter reunido uma assembleia de dons como essa em uma congregação? Deus fez isso (v. 18)!

Com essa diversidade vem um trabalho árduo. Nem todos os dons são visíveis. Alguns dons não recebem elogios de outras pessoas. Alguns dons, infelizmente, não parecem tão importantes aos olhos de alguns cristãos. Paulo sabe disso. Ele nos adverte contra desprezar dons que não parecem tão chamativos quanto outros. Precisamos desses dons — cada um de nós (vv. 25–26).

Então, como mantemos a unidade e a diversidade em equilíbrio? Uma maneira é percebendo que há uma certa ordem nos dons que Deus deu (v. 28). Os dons que Paulo prioriza são dons que ministram a Palavra à igreja — “apóstolos”, “profetas”, “mestres” (v. 29). Paulo não esqueceu o que disse alguns versículos antes. Ele não está desconsiderando os outros dons. Mas está dizendo que todos nós precisamos da Palavra de Deus se quisermos usar nossos dons dados por Deus corretamente — assim como precisamos do manual de instruções se quisermos usar nosso novo liquidificador ou computador corretamente. E Deus levantou e capacitou certas pessoas na igreja para nos trazer a Palavra. Eles nos mostram uma vida piedosa em suas próprias vidas e lares. Essas pessoas são os presbíteros/pastores da igreja, que ensinam e governam o rebanho (1 Timóteo 3.1-7; veja também 2.11-15). 

Deus faz algo semelhante através dos diáconos. Os diáconos são oficiais que exercem autoridade no serviço das necessidades materiais do povo de Deus. Lembre-se de uma das primeiras crises importantes que a igreja enfrentou em seu nascedouro. Surgiu uma disputa entre dois grupos na igreja, os hebreus e os helenistas. Os helenistas alegaram que suas viúvas “eram negligenciadas na distribuição diária”, o apoio material que dava proteção e segurança às viúvas (Atos 6.1). Essa disputa poderia facilmente ter dividido a igreja ao meio. O que Deus faz? Ele tem os apóstolos para dirigirem a igreja na escolha de sete homens qualificados que cuidarão dessas necessidades das viúvas (vv. 3–5). Esses sete homens então começam seu trabalho como os primeiros diáconos da igreja (v. 6). O que os diáconos fazem? Eles coordenam os dons do povo de Deus para ajudar a igreja a servir os necessitados e vulneráveis entre eles. Eles não fazem esse trabalho de serviço no lugar do restante da igreja. Ao contrário, lideram e mobilizam a igreja para servir suas viúvas. Portanto, o povo de Deus está maravilhosamente unido e maravilhosamente diversificado. O ponto aqui é todos trabalham coordenadamente porque há um governo que coordena. Como a igreja evita cair em uma uniformidade monótona, por um lado, ou em completa confusão, por outro? Cristo deu à igreja certos dons na forma de presbíteros e diáconos. Através do ensino e governança (presbíteros) e do serviço (diáconos), eles equipam e mobilizam os dons do corpo para edificação ordenada. A igreja precisa de governo eclesiástico para ser o tipo de igreja que Cristo quer que seja — um corpo em crescimento, uma noiva ansiosa e um templo santo.

Conclusão

Vimos cinco razões pelas quais precisamos do governo da igreja. Elas têm a ver com nossa expectativa, nossa necessidade, nosso Deus, nosso Salvador e nosso povo. Então, o que a Bíblia nos diz sobre o governo da igreja? Como é, e como funciona? E se eu não sou um oficial da igreja e nunca planejo ser? Por que preciso saber desses detalhes para viver minha vida cristã? Essas são as perguntas que abordaremos nas próximas pastorais. Que Deus nos abençoe.

 

 

 

Reflexão extraída da obra de Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022]1, que traduzi livremente, resumi, adaptei e recortei para esse espaço pastoral. Deus nos abençoe. Em Cristo Jesus, Rev. Samuel S Bezerra.

Por que o governo da Igreja é importante?

Continuamos apresentando as razões pelas quais o governo da igreja é importante. Já vimos em edições anteriores que é em razão: 1. De nossa expectativa. Por quê? Porque o governo é parte da estrutura da vida dos seres humanos; 2. De nossa necessidade de governo para andarmos ordeiramente; 3. Do nosso Deus. O caráter do nosso Deus nos ajuda a perceber a necessidade de governo na igreja; 4. Do nosso Senhor. O aspecto real do próprio ofício do nosso Salvador nos fala sobre que tipo de reinado Ele exerce sobre sua igreja. E por fim, em razão:

Do nosso povo

A identidade e as necessidades do nosso povo, a igreja, nos ajudam a entender por que Deus nos proporcionou um governo nas Escrituras. Deveras a igreja é o reino de Cristo, mesmo sendo ao mesmo tempo a nação e a casa de Deus (Efésios 2.19). O Novo Testamento, e especialmente o apóstolo Paulo, usa ainda outras imagens para descrever a igreja. Somos o Corpo de Cristo (1 Coríntios 12; Efésios 4.15-16; Colossenses 2.19). Somos a noiva de Cristo (Efésios 5.22-23; 2 Coríntios 11.2). Somos o edifício de Cristo, seu templo (Efésios 2.20-22).

Essas imagens, cada uma à sua maneira, capturam algo fundamental para a vida e o trabalho da igreja. Por um lado, a igreja é uma. Cristo tem uma noiva, não muitas. Ele tem um corpo, não muitos. Ele tem um templo, não muitos. Por outro lado, a igreja é muitas. O corpo é composto de muitas partes ou membros (Romanos 12.3-8; 1 Coríntios 12.12-31). O edifício de Cristo, seu templo, tem muitas “pedras vivas” (1 Pedro 2.5). E a nação é composta de muitos cidadãos (Efésios 2.19).

Assim, a igreja é ao mesmo tempo uma e muitas. Como esses dois aspectos de sua vida se encaixam? Esse foi um desafio que a igreja já enfrentava no primeiro século. Paulo aborda essa preocupação diretamente em 1 Coríntios 12. Ele enfatiza que, para toda a diversidade de dons no corpo de Cristo, eles procedem do “mesmo Espírito”, “o mesmo Senhor” e “o mesmo Deus” (vv. 4, 5, 6). É o único Deus que atribui soberanamente e torna eficazes todos os dons para seu povo. Todos os dons são dados com um único propósito, “o proveito de todos” (v. 7).

Mas a unidade não é uniformidade. Há uma diversidade de dons, e ninguém possui todos os dons (vv. 29–30). Esta é a beleza da igreja. Há aquele que pode pregar de maneira que o leve profundamente na Palavra de Deus e o faça ver que Deus é grande e misericordioso. Há aquele que sabe exatamente como encorajar e estimular os santos para o serviço prático. Há aquela que tem o talento de buscar e cuidar dos solitários na igreja. E outros dons mais. Quem poderia ter reunido uma assembleia de dons como essa em uma congregação? Deus fez isso (v. 18)!

Com essa diversidade vem um trabalho árduo. Nem todos os dons são visíveis. Alguns dons não recebem elogios de outras pessoas. Alguns dons, infelizmente, não parecem tão importantes aos olhos de alguns cristãos. Paulo sabe disso. Ele nos adverte contra desprezar dons que não parecem tão chamativos quanto outros. Precisamos desses dons — cada um de nós (vv. 25–26).

Então, como mantemos a unidade e a diversidade em equilíbrio? Uma maneira é percebendo que há uma certa ordem nos dons que Deus deu (v. 28). Os dons que Paulo prioriza são dons que ministram a Palavra à igreja — “apóstolos”, “profetas”, “mestres” (v. 29). Paulo não esqueceu o que disse alguns versículos antes. Ele não está desconsiderando os outros dons. Mas está dizendo que todos nós precisamos da Palavra de Deus se quisermos usar nossos dons dados por Deus corretamente — assim como precisamos do manual de instruções se quisermos usar nosso novo liquidificador ou computador corretamente. E Deus levantou e capacitou certas pessoas na igreja para nos trazer a Palavra. Eles nos mostram uma vida piedosa em suas próprias vidas e lares. Essas pessoas são os presbíteros/pastores da igreja, que ensinam e governam o rebanho (1 Timóteo 3.1-7; veja também 2.11-15).

Deus faz algo semelhante através dos diáconos. Os diáconos são oficiais que exercem autoridade no serviço das necessidades materiais do povo de Deus. Lembre-se de uma das primeiras crises importantes que a igreja enfrentou em seu nascedouro. Surgiu uma disputa entre dois grupos na igreja, os hebreus e os helenistas. Os helenistas alegaram que suas viúvas “eram negligenciadas na distribuição diária”, o apoio material que dava proteção e segurança às viúvas (Atos 6.1). Essa disputa poderia facilmente ter dividido a igreja ao meio. O que Deus faz? Ele tem os apóstolos para dirigirem a igreja na escolha de sete homens qualificados que cuidarão dessas necessidades das viúvas (vv. 3–5). Esses sete homens então começam seu trabalho como os primeiros diáconos da igreja (v. 6). O que os diáconos fazem? Eles coordenam os dons do povo de Deus para ajudar a igreja a servir os necessitados e vulneráveis entre eles. Eles não fazem esse trabalho de serviço no lugar do restante da igreja. Ao contrário, lideram e mobilizam a igreja para servir suas viúvas. Portanto, o povo de Deus está maravilhosamente unido e maravilhosamente diversificado. O ponto aqui é todos trabalham coordenadamente porque há um governo que coordena. Como a igreja evita cair em uma uniformidade monótona, por um lado, ou em completa confusão, por outro? Cristo deu à igreja certos dons na forma de presbíteros e diáconos. Através do ensino e governança (presbíteros) e do serviço (diáconos), eles equipam e mobilizam os dons do corpo para edificação ordenada. A igreja precisa de governo eclesiástico para ser o tipo de igreja que Cristo quer que seja — um corpo em crescimento, uma noiva ansiosa e um templo santo.

Conclusão

Vimos cinco razões pelas quais precisamos do governo da igreja. Elas têm a ver com nossa expectativa, nossa necessidade, nosso Deus, nosso Salvador e nosso povo. Então, o que a Bíblia nos diz sobre o governo da igreja? Como é, e como funciona? E se eu não sou um oficial da igreja e nunca planejo ser? Por que preciso saber desses detalhes para viver minha vida cristã? Essas são as perguntas que abordaremos nas próximas pastorais. Que Deus nos abençoe.


1A Editora Cultura Cristã, em 2018 publicou em português outro trabalho de Prentiss Waters, intitulado “Como Jesus governa a Igreja”, anterior a este que compartilharemos nas nossas pastorais, mas de igual modo, notável e elucidativo. Incentivo sua leitura e apreciação.

 

Reflexão extraída da obra de Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022], que traduzi livremente, resumi, adaptei e recortei para esse espaço pastoral. Deus nos abençoe. Em Cristo Jesus, Rev. Samuel S Bezerra.

Por que o governo da Igreja é importante?

Continuamos apresentando as razões pelas quais o governo da igreja é importante. Já vimos em edições anteriores que é em razão: 1) De nossa expectativa. Por quê? Porque o governo é parte da estrutura da vida dos seres humanos; 2) De nossa necessidade de governo para andarmos ordeiramente. E em terceiro lugar (obviamente não está em ordem de importância):

Do nosso Deus:

O caráter do nosso Deus nos ajuda a perceber a necessidade de governo na igreja. Talvez você tenha visitado uma igreja ou sido membro de uma igreja onde o culto é desorganizado, até caótico. A liderança está ausente ou desinteressada.

Você sabe instintivamente que essa não é a maneira como a igreja deveria ser. Por que isso? Uma das principais razões tem a ver com quem é nosso Deus. Que tipo de Deus é Deus? Ele não é um Deus “de confusão, mas de paz” (1 Coríntios 14.33). Ele é um Deus que deseja que façamos todas as coisas “decentemente e com ordem” (v. 40).

Vemos isso nos primeiros versículos da Bíblia. O que é a criação senão Deus criando o mundo do nada e depois trazendo ordem ao que estava confuso? Deus opta pela ordem fixa da criação para nos assegurar de que Suas promessas de aliança são verdadeiras e nunca falharão (Jeremias 31.35–37).

Quando Deus redime pecadores, Ele os coloca em um povo, que é a Sua família. Olhando para o Antigo Testamento observamos no pacto de Deus com Abraão as bases para esse relacionamento especial entre Deus e o Seu povo. Essas promessas foram vistas como uma demonstração do favor e da fidelidade de Deus para com seu povo escolhido. E uma das responsabilidades de Abraão foi garantir que sua casa estivesse ordenada de maneira agradável a Deus (Gênesis 18.19). Quando a família se tornou uma nação, Deus enfatizou Sua aliança entregando formalmente Suas leis por meio de Moisés (Êxodo 19.1–16). Ele lhes deu leis para estruturação da vida comunitária. Havia leis sobre o tabernáculo, os festivais, ofertas sacrificiais, sacerdotes, levitas, dízimos, pureza ritual e limpeza—Deus não deixou os detalhes de Seu culto por conta da nossa imaginação! Havia leis que forneciam descrições de cargos para reis e juízes. Deus forneceu leis que regulavam imóveis, impostos, disputas legais e agricultura; leis sobre casamento, divórcio e herança; leis sobre ofensas sexuais, furto, lesão corporal e perjúrio; leis sobre o que fazer com os povos remanescentes em Canaã e leis sobre guerra com povos fora de Canaã. E a lista continua. Embora essas leis civis e cerimoniais não governem mais a vida do povo de Deus sob a nova aliança, Deus ordena nossa vida. Não devemos pensar que o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes é uma licença para jogar a estrutura pela janela. Não precisamos escolher entre ardor e ordem. Como Edmund P. Clowney diz acertadamente, “o Espírito de ardor também é o Espírito de ordem”.

Isso é claramente demonstrado em 1 Coríntios 14. O culto coríntio era, para dizer o mínimo, caótico. Paulo teve que intervir e estabelecer regras firmes para os coríntios (vv. 26–35). Essas regras seguem alguns princípios principais—”que todas as coisas sejam feitas para edificação” (v. 26); “pois Deus não é Deus de confusão, mas de paz” (v. 33); “que todas as coisas sejam feitas decentemente e com ordem” (v. 40). Edificação, paz, decência, ordem—esses são os sinais distintivos do trabalho do Espírito Santo na igreja da nova aliança. Esses princípios se aplicam não apenas ao culto da igreja, mas também ao seu governo. No livro de Atos, é impressionante ver como as reuniões ou assembleias desordenadas de descrentes podem ser. Quando a descrença ataca missionários cristãos, com que frequência é por meio de multidões tumultuadas (Atos 14.19; 17.5, 6, 13)? Lucas nos diz que uma multidão até encheu as ruas de Éfeso, transbordando para o teatro. (Você pode visitar as ruínas de Éfeso e o teatro hoje e ter uma ideia de como deve ter sido.) Lucas, em sua maneira contida, nos diz que “toda a cidade ficou cheia de confusão” e “a maioria deles não sabia por que se haviam reunido” (19.29, 32). É necessária uma repreensão severa e ameaça do escrivão para acalmar e dispersar a multidão (vv. 35-41). Contraste essas reuniões com as assembleias de cristãos em Atos. Agora, Lucas não é um romantizador. Ele não nos dá a igreja primitiva através de óculos cor de rosa. Eles tinham suas falhas e discordâncias, e essas estão claramente à mostra nos Atos dos Apóstolos. Mas a igreja era uma sociedade ordenada. Uma das maiores ameaças à unidade da igreja era uma corrupção do Evangelho que buscava exigir a circuncisão para a salvação (15.1-5). A igreja resolveu essa crise de maneira ordenada, através de um Conselho regional de presbíteros, nada menos! E o resultado abençoado foi uma maior unidade, fé fortalecida e aumento do número de fiéis (16.1-5). 

O governo da igreja está em ação quando separa homens para pregar o evangelho (13.13). Está em ação quando resolve disputas teológicas profundas (15.1-35). Está em ação quando provê para os necessitados entre o povo de Deus (6.1-6). Está em ação quando equipa e encoraja os anciãos para a obra do ministério (20.17-35). A vida e o trabalho ordenados da igreja não acontecem por si só. O Espírito os traz, com certeza. Mas Ele faz isso por meio dos meios do governo que Ele deu ao povo de Deus. Deus é um Deus de ordem, e isso significa que Ele deu um governo à igreja.

POR REV. SAMUEL SANTOS BEZERRA

Reflexão extraída da obra de Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022], que traduzi livremente, resumi e recortei para esse espaço pastoral.

Por que o governo da Igreja é importante?
Porque necessitamos.

[…] Em segundo lugar, é por causa de nossa necessidade como cristãos que Deus deu governo para a igreja. Imagine (ou talvez você não precise imaginar isso) dois homens piedosos em sua igreja. Eles são pilares da fé, exemplos para o rebanho, servos fiéis e têm uma discussão feia e pública. É apenas uma questão de dias antes que toda a igreja fique sabendo disso e comece a falar sobre o assunto. O que pode ser feito quando algo assim acontece?

Para pensar biblicamente sobre isso, precisamos começar com o que as Escrituras dizem sobre quem os cristãos são. Todo cristão verdadeiro está unido a Cristo e é habitado pelo Espírito Santo (Rm 8.9-11). Na composição do “fruto do Espírito”, o apóstolo Paulo cita o “domínio próprio” (Gl 5.22-23). Deus nos deu “um espírito não de medo, mas de poder, amor e domínio próprio” (2 Tm 1.7). É o ministério do Espírito que nos capacita a viver “de maneira sensata, justa e piedosa na era presente” (Tt 2.12). Pelo poder capacitador do Espírito Santo, somos capazes de dizer “não” ao pecado e “sim” à santidade (Rm 6:13; 8:13). Dessa forma, estamos sendo conformados cada vez mais à imagem de Jesus Cristo (2 Co 3:18).

O apóstolo Paulo era pastor e sabia muito bem que os crentes precisam de toda a ajuda possível. Esta é parte da razão pela qual Deus nunca pretendeu que vivêssemos a vida cristã isolados de outros crentes. Quando você lê o Novo Testamento (e o Antigo Testamento, também), todo cristão que você encontra está em um padrão ou rede de relacionamentos com outros cristãos. O Deus que nos fez viver em famílias, cidades e nações nos redimiu para vivermos como membros do Seu povo. É por isso que o Novo Testamento pode descrever a Igreja como uma família, uma comunidade e um reino (Ef. 2.19; Fil. 3.20; Ap. 1.6).

Nosso relacionamento com outros crentes é importante por muitas razões. Para começar, é no contexto desses relacionamentos que Deus remove o pecado de nossas vidas e nos conduz pelo caminho da santidade. Isso é o que qualquer bom relacionamento deve fazer. Relacionamentos expõem o pecado e nos dão oportunidades para crescermos na graça. Isso é especialmente verdadeiro na igreja. Pense em todos os mandamentos de “uns aos outros” que encontramos nas cartas do Novo Testamento. Ao escrever aos Efésios, Paulo nos diz para suportar “uns aos outros em amor” (4:2), nos lembra que somos “membros uns dos outros” (v. 25), e nos exorta a “sermos bondosos uns com os outros, compassivos, perdoando-nos uns aos outros, como Deus em Cristo nos perdoou” (v. 32). Devemos nos dirigir “uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais” (5:19) e nos sujeitar “uns aos outros no temor de Deus” (v. 21). Não podemos cumprir esses mandamentos vivendo à revelia da comunidade. Nós os cumprimos na relação com outros crentes. É aqui que participamos o trabalho árduo de “andar no Espírito” (Gal. 5.25).

Este trabalho relacional é também muito importante quando não pensamos e vivemos da maneira que agrada a Deus. O que acontece quando falhamos em produzir o fruto do autocontrole? Felizmente, Deus não nos deixa sozinhos. Uma das coisas que Ele faz é levantar crentes na igreja para nos admoestar. É por isso que Paulo escreve: “Irmãos, se algum homem for surpreendido em algum pecado, vocês que são espirituais, restaurem essa pessoa com espírito de brandura.” (Gal. 6.1). Paulo diz aos cristãos romanos que eles estão “cheios de bondade, cheios de todo conhecimento, podendo admoestar uns aos outros” (Rom. 15.14). Deus nos enche de conhecimento e graça para que possamos ajudar irmãos e irmãs que se desviam. Este é um trabalho que acontece o tempo todo, muitas vezes silenciosamente, no Corpo de Cristo. Muitas vezes, esses tipos de encontros e interações levam ao arrependimento e à vigilância em oração. Talvez você possa se lembrar de uma ocasião em que um amigo cristão o chamou de lado para expressar preocupação com algo que ele viu em sua vida. Você ficou aflito e humilde e foi ao Senhor em busca de perdão e misericórdia em Cristo. Você está muito mais vigilante sobre essa área de sua vida agora do que jamais esteve antes. Você sabe que seu irmão te ama, ora por você e está feliz em oferecer conselhos, encorajamento e prestação de contas. Esta é a graça do Espírito Santo em sua vida. Mas, infelizmente, às vezes as pessoas respondem até mesmo às admoestações mais gentis com resistência. O que acontece então? Jesus Cristo já nos alertou e nos preparou para isso. Ele colocou presbíteros na igreja para servir como pastores do rebanho (1 Pedro 5.2). Parte do trabalho deles é admoestar o rebanho (Atos 20.31; 1 Tess. 5.12). Este trabalho de disciplina é árduo e muitas vezes desagradável, como qualquer presbítero lhe dirá. Mas é necessário. E é ordenado por Cristo. Quando ensinou sobre a igreja, Jesus falou sobre a disciplina formal pelos oficiais da igreja (Mat. 18.15-20). Na Grande Comissão, Ele ordenou aos apóstolos (e aos presbíteros depois deles) que ensinassem discípulos “a observar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mat. 28.20) — um comando que certamente implica disciplina quando pessoas na igreja falham em observar os mandamentos de Jesus. Vemos exemplos dessa disciplina até mesmo dentro do ministério do apóstolo Paulo (1 Cor. 5.1-13; 2 Tess. 3.6-13). A disciplina formal não é o castigo vingativo de um Deus não reconciliado. É a severa misericórdia de um Pai entristecido recuperando um filho errante. Mas esta etapa de disciplina é apenas uma etapa de disciplina. Devemos pensar na disciplina como começando conosco mesmos. A disciplina também é preocupação de nossos irmãos e irmãs mais próximos em nossas igrejas locais. De maneira mais formal, é a preocupação dos pastores de Cristo, que terão que “prestar contas” pelas almas sob sua responsabilidade (Heb. 13.17). Visto sob essa luz, precisamos do governo da igreja. Precisamos do governo da igreja se quisermos prosperar na vida cristã.

 

POR REV. SAMUEL SANTOS BEZERRA

Provocados pelas duas pastorais anteriores, em que apresentamos “Nossa Missão, Visão e Objetivos” como Igreja Presbiteriana Betel, tocaremos em um tema que não tem sido dada a devida importância no conjunto de nossas ações, mas que, sem o qual, nosso trabalho individual (cada parte) e coletivo (por todos) estaria em completa confusão. Refiro-me ao governo na igreja, uma questão muitas vezes negligenciada ou subestimada. Qual a relevância do governo eclesiástico? Qual a sua função dentro da comunidade de fé na busca pelo alcance de seus objetivos e cumprimento da missão? Desde as estruturas familiares até as organizações cívicas, o governo é uma parte intrínseca da vida humana, oferecendo ordem, direção e proteção. Da mesma forma, a igreja não está isenta dessa necessidade fundamental de governo. Utilizando como norte para nossa reflexão uma obra escrita por Guy Prentiss Waters, intitulada Well Ordered, Living Well (Bem ordenado, vivendo bem: um guia prático para o governo da Igreja Presbiteriana- tradução livre), publicado por Reformation Heritage Books, [2022]1, que traduzi livremente, resumi e recortei para esse espaço pastoral, seguiremos como dizem os irmãos chilenos: -“Despacito, pero seguro” (devagar, mas com segurança) no desejo de que haja crescimento, gratidão e aceitação dessa estrutura desenhada por Deus para a sua igreja.

Que Deus nos ajude nessas reflexões.
Em Cristo Jesus,
Rev. Samuel S Bezerra

Por que o governo da Igreja é importante?

[…] Quando se trata da igreja, o governo muitas vezes não está no topo da lista de prioridade de ninguém. A igreja deve pregar a Palavra, evangelizar os perdidos, treinar discípulos, ajudar os necessitados – nisso a maioria dos cristãos concordaria. Mas o governo da igreja? Como algo tão impessoal e burocrático poderia ser fundamental para o corpo de Cristo habitado pelo Espírito?

O governo da igreja é importante. Não por causa da tradição (embora não sejamos os primeiros a pensar nessas coisas). Não por causa da conveniência (afinal, as coisas precisam ser feitas na igreja. A conta de energia do prédio não se pagará sozinha). Mas por causa da Bíblia. Acreditamos que o governo da igreja é importante porque a Bíblia diz que é importante.

Queremos mostrar que a Bíblia se importa com o governo da igreja. Queremos mostrar que não se pode falar sobre a igreja e a vida cristã sem trazer o governo da igreja para a conversa. O governo da igreja é um bom presente do nosso bondoso Deus para o Seu povo. Ele nos dá exatamente o que precisamos. E precisamos do governo da igreja. Vamos ver cinco razões pelas quais precisamos do governo que Deus dá à Sua igreja na Bíblia. 1. É nossa expectativa que a igreja tenha algum tipo de governo; 2. É por causa de nossa necessidade como cristãos que Deus nos deu governo para a igreja; 3. O caráter de nosso Deus nos ajuda a ver por que temos governo da igreja; 4. A obra de nosso Salvador, Jesus Cristo, nos aponta para a necessidade de governo entre Seu povo; 5. E, finalmente, a identidade e as necessidades de nosso povo, a igreja, nos ajudam a ver por que Deus nos deu um governo nas Escrituras. Então, vamos analisar essas cinco razões, uma por uma.

1 A Editora Cultura Cristã, em 2018 publicou em português outro trabalho de Prentiss Waters, intitulado “Como Jesus governa a Igreja”, anterior a este que compartilharemos nas nossas pastorais, mas de igual modo, notável e elucidativo. Incentivo sua leitura e apreciação.

Nossa Expectativa

Primeiro, é nossa expectativa que a igreja tenha alguma forma de governo. Por quê? Porque o governo é parte da estrutura da vida dos seres humanos. Nossa primeira introdução ao governo é na família. Escritores antigos costumavam falar de “governo familiar”. Essa frase antiquada simplesmente descreve a maneira como a Bíblia atribui papéis aos maridos, esposas e filhos para garantir que a família seja funcional e segura. Imagine uma casa onde não há regras. Parece bom, não é? Até você pensar como seria a vida. Coloque-se no lugar de uma criança. Ela deve se virar sozinha para encontrar comida na despensa para todas as suas refeições. Nenhum adulto define uma hora de dormir para ela. Ela simplesmente adormece quando quer. Ela entra e sai como deseja. Nenhum pai se certifica de que ela vá para a escola. Ninguém dedica tempo para ensiná-la o certo do errado. Agora não parece tão bom, não é? O lar deveria ser um lugar onde experimentamos o cuidado amoroso, a instrução e a disciplina de uma mãe e um pai. Deveria ser um lugar onde aprendemos que a autoridade amorosa nos ajuda a crescer e amadurecer, onde temos a estrutura, o apoio e o estímulo para usar nossos dons para o bem dos outros e para a glória de Deus. Quando isso está em vigor, é fácil não perceber. Quando está ausente, é dolorosamente óbvio.

Ou pense no estado. Você gostaria de viver em uma sociedade em estado de completa anarquia? Os seres humanos precisam de governo para coordenar os recursos humanos e materiais de um povo, para restringir e punir o mal dentro das fronteiras de uma nação e para protegê-la das ameaças que vêm de fora de suas fronteiras. O que tudo isso tem a ver com o governo da igreja? Se famílias, nações… têm governo, por que a igreja não teria alguma forma de governo? Se a igreja é uma sociedade reunida para um propósito definido (assim como famílias, nações…não esperaríamos que Deus estabelecesse algum tipo de governo? Se outras sociedades humanas precisam de governo para direcionar recursos e deter o mal, a igreja seria uma exceção

Note que ainda não fizemos apelo direto à Bíblia. Estamos simplesmente argumentando que, quando pensamos na igreja, presumimos que ela terá alguma forma ordenada de governo. Isso ocorre porque, em outras esferas do mundo que Deus fez, encontramos governo em todos os lugares. O governo é parte do que significa viver juntos como portadores de imagem no mundo de Deus.

Continua…

POR REV. SAMUEL SANTOS BEZERRA

 

Temos ultimamente refletido sobre os propósitos e objetivos que nos impulsionam como igreja. Hoje, compartilhamos sobre os nossos objetivos como igreja local, os quais são guiados pelo amor, serviço e compromisso com o Reino de Deus.

Nossa igreja é mais do que um simples lugar de reunião; somos uma família espiritual unida pelo propósito comum de glorificar a Deus em todas as áreas de nossas vidas e impactar o mundo com a glória do Senhor Jesus Cristo. Neste sentido, gostaríamos de apresentar de forma clara e concisa os objetivos que orientam nossas ações e decisões, fundamentados nos ensinamentos de Jesus Cristo e na orientação do Espírito Santo.

Nosso desejo é que cada membro beteliano se sinta fortalecido e encorajado a participar ativamente na realização destes objetivos, contribuindo para a edificação do corpo de Cristo e para a transformação de vidas através do poder do Evangelho.

Que estas proposições não sejam apenas uma declaração de intenções, mas um convite para que todos nós nos engajemos de coração e mente na obra do Senhor, confiantes de que Ele é quem nos capacita e nos guia em cada passo do caminho. Que a graça e a paz de Deus estejam conosco enquanto exploramos juntos os desafios e as bênçãos de vivermos como discípulos de Cristo em nosso tempo e contexto. Em Cristo, Rev. Samuel S Bezerra.

Nossos Objetivos

– Formar liderança saudável;
– Envolver o maior número de membros na dinâmica do discipulado e serviço;
– Desenvolver um trabalho efetivo com famílias, envolvendo o pastoreio dos filhos, casais e cuidado com os idosos.
– Fortalecer a Escola Dominical;
– Tornar a musicalidade da igreja uma referência de unidade: Sã Teologia e excelente expressão artística.
– Formar uma Orquestra no prazo de 10 anos.
– Participar da plantação e organização de 20 igrejas Presbiterianas no Brasil e no mundo no período de 10 anos;
– Desenvolver um centro de aconselhamento bíblico para atendimento da comunidade;
– Investir no crescimento e dinamismo das sociedades internas;
– Fortalecer nos membros um estilo de vida evangelizador;
– Utilizar o Instituto Social “Vida em Ação” como expressão do compartilhamento do amor de Jesus Cristo aos moradores do bairro Vila Amália e vizinhança, comunicando com as diversas áreas da experiência humana.
– Crescer numericamente, multiplicando o número de seguidores de Jesus, no período de 10 anos.

POR REV. SAMUEL SANTOS BEZERRA

No núcleo de uma igreja reside um compromisso profundo com sua missão, visão e objetivos fundamentais. À medida que uma igreja celebra um marco tão significativo quanto seu jubileu de ouro, é oportuno refletir não apenas sobre suas realizações passadas, mas também sobre sua contínua dedicação ao serviço espiritual e à comunidade. A Igreja Presbiteriana Betel, ao comemorar seus cinquenta anos de organização, encontra-se imbuída de uma missão revitalizada, uma visão definidora, objetivos claros e um funcionamento que reflete sua crença e esperança. Segue uma organização proposicional de como queremos ser, à Luz do Evangelho e o que esperamos. Que cada discípulo de Jesus Cristo que conosco assiste, recorde-se, uma e outra vez, desse norte para que avancemos como um bloco submisso ao comandante Jesus Cristo. Cada Domingo nesse espaço da pastoral seremos lembrados dessa direção. Que Deus nos ajude. Por Cristo Jesus, amém.

Texto bíblico base: Salmo 67: Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas. Salmo. Cântico. ¹ Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o seu rosto; ² para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação. ³ Louvem-te os povos, ó Deus! Louvem-te os povos todos! ⁴ Alegrem-se e exultem as nações, pois julgas os povos com justiça e guias na terra as nações. ⁵ Louvem-te os povos, ó Deus! Louvem-te os povos todos! ⁶ A terra deu o seu fruto, e Deus, o nosso Deus, nos abençoa. ⁷ Que Deus nos abençoe, e todos os confins da terra o temerão.

Nossa Missão: Levar o reconhecimento da glória do Deus Triúno a todas as pessoas por meio da proclamação do Evangelho e do testemunho de um viver alegre e inteiramente submisso às Sagradas Escrituras.

Nossa Visão:

– Ser igreja reformada que ama, vive e anuncia as doutrinas bíblicas da Graça de Deus;
– Ser igreja comprometida com a fiel pregação da Palavra de Deus;
– Ser igreja conselheira bíblica;
– Ser igreja plantadora de novas Igrejas;
– Ser igreja missionária;
– Ser igreja onde sua viva adoração pública se expande para toda a vida.
– Ser igreja que se oferece como lugar de acolhimento de vida e paz para os estão perto como os que estão longe.
– Ser igreja que propaga e vive o padrão de Deus para a família, e isso com uma piedade reformada que envolve espiritualidade saudável e integral.
– Ser igreja que interpreta seu contexto social como oportunidade de revelar o amor de Deus no alcance do ser humano integralmente.

Continua na próxima, com a graça de Deus.

POR REV. SAMUEL SANTOS BEZERRA

 

Projeto revisado e aprovado por: Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT-IPB) Responsável pelo projeto: Rev. Raimundo Montenegro Monteiro Neto Cargo Pretendido: Missionário Efetivo; Fones: (31) 3582-4615; 98332-4076 (WhatsApp) Endereço: Rua Irmãos Kennedy, 44; Ap.: 301; Cidade Nova; Belo Horizonte – MG; 31.170-130 E-mail: rev.montenegro@gmail.com Esposa: Veridiana Gel Oliveira Montenegro Filhos: Ester, David, Arthur e Felipe Oliveira Montenegro (com 18, 16, 13 e 11 anos, respectivos)

Projeto aprovado na Reunião da Diretoria da APMT em 11/02/21

Título e Lema Bíblico do Projeto Panamá: Projeto PANAMÁ – para promover a fé dos eleitos de Deus.

[…] para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade (Tt 1.1).

1) Ambientação. Minha esposa Veridiana e eu aceitamos o desafio missionário proposto pela APMT de atuarmos na América Central cooperando com o avanço presbiteriano a partir do trabalho no Panamá.

2) Localização. O país do PANAMÁ está situado na América Central, é vizinho da Costa Rica (oeste) e da Colômbia (leste) e possui cerca de 4,099 milhões de habitantes, sendo a maioria de mestiços de índios e europeus, mas com muitos estrangeiros que trabalham no entorno do Canal do Panamá.

3) Necessidades externas. Apesar da maioria católico-romana, há grande sincretismo religioso no Panamá, incorporando crenças em espíritos e forças espirituais. 88,2% professa o cristianismo (19,5% evangélicos e 68,7% católicos), 4,7% religiões étnicas pré-colombianas (com idiomas nativos sem Bíblia traduzida), 4,7% são ateus ou sem religião, 1,4% de outros grupos religiosos, 0,6% muçulmanos, 0,2% budistas e 0,2% hindus. O Panamá abriga pessoas de várias partes do mundo, com suas respectivas religiões, e tem grande tolerância religiosa. A maioria dos evangélicos é pentecostal ou neo-pentecostal, há uma enorme carência de igrejas reformadas e presbiterianas, faltam igrejas comprometidas com o ensino fiel das Sagradas Escrituras e poucas têm algum discipulado de novos convertidos. A APMT almeja a plantação de uma Igreja Presbiteriana no país que alcance nacionais e estrangeiros, solidificando uma denominação evangélica reformada e missionária que tenha o Panamá como base para expansão da proclamação do evangelho na América Central e Caribe.

4) Cultura. A região metropolitana da multicultural Cidade do Panamá tem cerca de 1,4 milhão habitantes, sendo mais de 90% falantes do espanhol. Estrangeiros falantes de inglês estão mais concentrados na capital; e há ainda no país grupos étnicos minoritários pré-colombianos falantes de idiomas nativos originais.

5) Propósito. Consolidar uma pioneira denominação presbiteriana e reformada no Panamá com vistas a se estabelecer uma base da APMT que coordene o seu trabalho na região da América Central e Caribe.

6) Missão. Testemunhar de Cristo por uma boa aculturação da família, integrando vida cristã e ministério pelo desenvolvimento de uma boa comunicação linguística visando uma eficaz divulgação do evangelho de Cristo e à formação de discípulos de Cristo com sólida cosmovisão bíblica e reformada.

7) Objetivo Primário. Neste primeiro triênio: cooperar com o estabelecimento de um trabalho presbiteriano pioneiro no Panamá através de: assistência inicial ao trabalho pioneiro; ministrações eventuais de instrução teológica; e pesquisas e cooperações mediante necessidades, novas possibilidades e oportunidades providenciais.

8) Objetivo Secundário. Neste primeiro triênio buscaremos atingir o referido objetivo primário através da aculturação da família ao Panamá no contexto pioneiro do presbiterianismo local; do serviço ministerial progressivo (devocional, estudos, etc.); até o início de um novo núcleo visando uma futura igreja local.

9) Metodologia. Vivenciar a realidade local (cosmovisão, cultura, idioma e relacionamentos); Contatar, estabelecer e fortalecer distintos laços de relacionamentos interpessoais na região; Definir, ao final deste primeiro triênio, etapas factíveis do próximo ciclo do Projeto Panamá, a serem progressivamente executadas; e em tudo, sob a graça divina, Buscar desenvolver um caráter continuamente servil e aprendiz neste novo campo.

10) Alvos cronológicos. (Não apenas a expectativa do triênio 2022-2024, mas 2021 também).

(2021) 1º semestre: pastoreio auxiliar na IPB (BHZ-MG) e visita de reconhecimento do campo do Panamá; 2º semestre: divulgação do projeto, busca de apoios, documentação necessária, passagens e mudança ao campo;
2022. 1º semestre: aculturação inicial da família no Panamá (realidade, língua, estudos e igreja); 2º semestre: supervisão da aculturação familiar e início da cooperação ministerial assistida no trabalho local;
2023. 1º semestre: crescente envolvimento e colaboração ministeriais usando a língua local (espanhol); 2º semestre: colaboração ministerial progressiva e pesquisa sobre novos grupos e oportunidades ministeriais;
2024. 1º semestre: novos estudos bíblicos domésticos visando identificar melhores potenciais pontos de pregação; 2º semestre: manter 1 potencial grupo caseiro, cooperar na instrução teológica e definir novo ciclo com APMT.

11) Resultados esperados. Ao final deste primeiro ciclo de 3 anos, esperamos alcançar, sob a mercê divina:
1) Um desenvolvimento linguístico suficiente para uma relativa boa comunicação em língua espanhola;
2) Uma aculturação inicial saudável na igreja e região locais a partir da nossa residência na Cidade do Panamá;
3) Uma cooperação na formação de liderança eclesiástica local e em outros contextos transculturais possíveis; e
4) Uma reintegração frutífera de toda a família na vida e no ministério missionário transculturais.

12) Área de abrangência. No Panamá: a partir da residência na capital, a Cidade do Panamá, onde buscaremos consolidar uma base da APMT para toda a região da América Central e Caribe; e Fora do Panamá: onde esperamos verificar oportunidades e necessidades de atuação missionária da APMT na região da América Central e Caribe, assim como oferecer eventualmente algum treinamento teológico sob a supervisão da referida agência onde for possível realizar tal cooperação. Tendo conhecido este, pedimos que coloque diante de Deus em oração a possibilidade de se tornar um associado na realização do Projeto Panamá, pelo que nos colocamos à disposição para eventuais contatos.

 

 

Você, que crê em Deus, já ouviu a oração do salmista: “Que as palavras da minha boca […] sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador” (Salmos 19:14). Você sabe que suas palavras sem amor, sem verdade, longe de serem gentis, mas desnecessárias e imprecisas para com os outros afetam o coração de Deus. Ele o ama, não importa o que você fale, mas isso não significa que Deus aprova ou aceita todas as palavras que você dirige aos outros. Sabe que, quando peca contra alguém, também peca contra Deus. Quando confessa algo para alguém, você precisa dizer também: “Pai celeste, perdoe as palavras da minha boca.”

No final, tanto com relação a Deus quanto com relação àqueles que ofendeu, você precisa assumir a autoria por suas palavras falsas, grosseiras, desnecessárias e duvidosas. Conquanto não haja nenhuma garantia de que a parte ofendida aceitará seu pedido de desculpas, a confissão é boa para sua alma, como se costuma dizer. Quando faz o que é certo após ter comunicado o que era errado, você limpa sua consciência e experimenta paz interior. Assim, permita-me fazer-lhe quatro perguntas finais:

1. Você precisa (escrever ou ligar), de modo rápido e humilde, até alguém que tenha ofendido? Se fez com que uma pessoa se sentisse profundamente ferida, frustrada, irada, temerosa, confusa ou ofendida, ignorar isso, de maneira arrogante, não remediará o problema. Antes, ele inflamará e, quando a pessoa tiver oportunidade, colocará em prática as consequências punitivas.

2. Você precisa pedir perdão para alguém? Há sete palavras que eu recomendo a todos que digam: “Eu sinto muito. Você pode me perdoar?” Talvez você precise adicionar: “De que modo eu posso consertar as coisas com você?” Como não quer que as pessoas abriguem ressentimentos contra você, é preciso descobrir se elas estão dispostas a perdoar-lhe.

3. Há alguém com quem você precisa reconciliar-se de coração e voltar a ter uma relação amigável novamente? Esse é o maior objetivo quanto à outra pessoa. Não se trata de passar pela confissão das transgressões para poder sair daqui. Você deve, de acordo com Jesus, reconciliarse. Não significa que vão se tornar melhores amigos. Só com uns poucos consegue-se ter uma amizade profunda, mas é possível chegar a uma relação amigável com uns vários. Você tem de assegurar-se, o melhor que puder, de que este indivíduo não é mais um oponente ofendido determinado a conseguir retaliação.

4. Você estaria disposto a buscar reconciliação com alguém, por nenhuma outra razão além de agradar a Deus? Os seguidores de Cristo precisam observar o ponto mais profundo defendido por Jesus na passagem citada de Mateus 5. Ele revela que a pessoa está diante do altar, diante de Deus, procurando oferecer-lhe seu melhor, quando, então, percebe que seu irmão tem algo contra ela. Para Jesus, esse relacionamento tem de ser restaurado para que ela possa desfrutar do relacionamento com Deus. A fim de ser capaz de estar na presença de Deus com uma consciência limpa, aquele na sua vida a quem você ofendeu toma a dianteira. Algumas vezes, você e eu podemos achar necessário escrever um bilhete de desculpas, como esta mulher fez após falar de maneira inapropriada: Eu sinto muito por repassar minha mensagem para você de modo tão agressivo e desnecessário. Por favor, perdoe-me e peço que ignore isto. Eu estou com muita coisa para fazer agora e falei movida por frustração, porque estou estressada. Por favor, perdoe meu comportamento infantil, sim? 

Ela fez contato rápido e foi humilde. Rogou que o outro a perdoasse. Ela disse isso tendo em vista uma reconciliação e uma relação amigável uma vez mais. Eu sei também que agiu assim porque sabia que seu relacionamento com Deus não seria tudo que poderia ser até que ela acertasse as coisas. E fazer a pergunta permitiu-lhe saber se a outra pessoa a perdoara, e permitiu à outra pessoa perdoar-lhe.

Ao balcão de uma loja, você levanta a voz em uma reclamação e critica o caixa com uma observação depreciativa sobre a empresa. Em um piscar de olhos, muda o tom. “Eu preciso me desculpar por esse comentário rude. Eu perdi a linha. De verdade, eu sinto muito. Você não mereceu isso. Você pode me perdoar?” Em um e-mail para um colega de trabalho, você o ataca verbalmente por pisar na bola em um projeto. Depois que envia, sabe que fez mal. Tão rápido quanto suas pernas conseguem levá-lo, você se dirige ao escritório dessa pessoa para dizer: “Ei, eu me sinto horrível com o e-mail que acabei de enviar. Perdi as estribeiras. Quando eu dei mancada, você nunca disse estas coisas para mim, você tem sido muito gentil. Eu fui um tolo. Será que pode me perdoar?” Durante o jantar em casa, você estoura com um adolescente falastrão, mas para no meio da frase, se contém e diz: “Eu estava errado por reagir assim, especialmente por acrescentar coisas sem necessidade. Sinto muito. Você me perdoa? Bem, vamos nos concentrar no que o incomoda.”

É fácil fazer isso? Geralmente não. É o certo e o melhor a ser feito? Sempre. Você sabe que é o certo e o melhor a ser feito porque esperaria que, caso os papéis estivessem invertidos, as pessoas fizessem isso com você. Quando fica ofendido, você não quer que elas o ignorem. Você não gosta de ouvir: “Supere isto!” Ninguém suporta quando o outro lhe diz: “Desculpe”, mas sem um pingo de preocupação com os sentimentos alheios. Por outro lado, seu coração se aquece quando uma pessoa vem até você, rápida e humildemente, expressar tristeza e buscar perdão, e lhe pergunta como pode corrigir as coisas com você.

POR EDWARD WELCH

O texto de Isaías 40.30-31, abordado na pregação de domingo (noite) pelo Rev. Samuel, dirige-nos para o caminho da renovação das forças. Contextualizando-o no cenário dos desafios de confiança enfrentados por Judá e Israel, foram feitas aplicações, à luz do nosso tempo, acerca do caminho para a renovação das forças.

No contexto do profeta Isaías, a exaustão e esgotamento marcaram a experiência do povo na sua recusa de ouvir Deus, evidenciando a busca por soluções nas próprias capacidades e conquistas humanas, resultando em consequências prejudiciais para toda a vida. A disciplina do Senhor anunciada foi concretizada, como consequência da desobediência, culminando na invasão babilônica e no cativeiro.

Os capítulos 40 a 55 descrevem a experiência do cativeiro e enfatizam a presença contínua de Deus como fonte de força e ajuda. E assim, nessa mensagem de consolo o Senhor propõe o caminho para a renovação das forças. A renovação das forças é apresentada como resultado da consideração do trabalho incomparável do Senhor incomparável. Ele é o criador e mantenedor de todas as coisas. E por meio de Sua Palavra, ele opera. Por isso, é vital a confiança na Palavra de Deus para o prosseguimento da jornada com forças renovadas.

O caminho para a renovação das forças consiste também em 2) Confiar no caráter incomparável do Senhor. O Senhor está dizendo: – Confiem em mim. Eu sou quem sou! Suas forças são renovadas quando há crescimento no relacionamento comigo. Esperar é confiar. Para ilustrar o resultado dessa confiança é apresentada uma metáfora do voo da águia que alcança as mais altas alturas. Sabe-se que as águias passam pela muda das penas para manter a força de voo, os crentes passam por transformação quando crescem no conhecimento do caráter de Deus. Aprendendo dependência de Deus tem suas forças renovadas. Jesus Cristo como o Messias prometido, capaz de trazer a renovação espiritual e libertação do peso do pecado. Sua oferta de jugo suave e alívio aos cansados é apresentada como a fonte definitiva de forças renovadas.

A crença nas ações e caráter do Senhor renovariam as forças do povo para enxergar o libertador que viria qualificado pelo próprio Criador do universo e que era a personalização da própria Aliança, o Emanuel, o Messias, Jesus Cristo. Nele residia todas as bênçãos do pacto, inclusive a libertação espiritual ligada a restauração do convívio relacional com YAHWEH, trazendo esperança e consolo ao Seu povo.

Em Colossenses 1 Ele é descrito como “a exata expressão do ser de Deus, como a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.”

Apesar de toda a sua incomparável glória e grandeza, Jesus se apresenta como manso e humilde. Seu jugo é suave, trazendo alívio aos cansados. Ele que, sendo rico se fez pobre para nos arrebatar de nossa pobreza de alma. Que sendo o Rei do universo, deixou seu trono para ser crucificado em uma cruz para trazer libertação ao condenado, aflito e cansado de coração.

É nEle que temos as forças renovadas. É nele que temos liberdade do pesado fardo do pecado por meio do perdão; e liberdade para agora aprender um novo modo de vida próprio do reino de Deus.

Deus te abençoe.

Em Cristo, Rev. Samuel S Bezerra

 

 

É difícil pedir perdão, porque fazê-lo é uma guerra. É uma guerra entre a sua justiça própria e graça imerecida. É uma guerra entre as regras do meu reino e os mandamentos do rei. É uma guerra entre um desejo de ser servido e o chamado à liberdade para amar e servir espontaneamente. É uma guerra entre viver para os meus pequenos momentos de glória e ser consumido pela glória de Deus. Esta guerra é travada a cada dia sobre a relva do meu coração. Mas eu não luto nesta guerra sozinho. O Rei, que tem me recebido em seu reino melhor, é um Rei Guerreiro que vai continuar a lutar em meu nome até que o último inimigo esteja debaixo dos seus pés. Isso significa que há esperança para mim, mesmo que eu perca de vista o grande reino e regrida de volta ao reino do ego. Há uma esperança para mim, embora prefira lutar por quinze segundos de glória para mim, antes de dar a glória que realmente lhe pertence. Há uma esperança para mim, ainda que eu prefira ganhar uma discussão a conciliar um relacionamento. Há esperança para mim, embora prefira fantasiar sobre a vingança a conceder o perdão rápido. Há esperança para mim mesmo que eu seja bom em me concentrar em seu pecado, esquecendo-me do meu. Há esperança para mim, porque não luto pela minha alma sozinho. O Rei luta por mim e toda vez que peço perdão, ele ganha outra batalha em meu nome. Veja você, esta é a batalha das batalhas. Este é o conflito que se esconde debaixo de todos os outros conflitos que vivemos. Esta é a coisa em todos nós que Deus se recusa a acomodar. Seu reino virá. Sua vontade será feita. Ele não ficará de braços cruzados enquanto permite que os filhos do seu reino vivam com maior fidelidade prática à construção de seus próprios reinos. Por isso, ele luta pela liberdade de nossas almas. Ele luta pelo controle de nossos corações. Ele trabalha para libertar os nossos desejos e concentrar nossos pensamentos. E quando faz isso, ele nos chama a confessar humildemente que realmente amamos a nós mesmos mais do que amamos a ele e aos outros. Ele nos convida a admitir como regularmente exigimos os nossos caminhos. Ele acolhe-nos para ser dono até da nossa raiva, ganância, inveja e vingança. Se o seu reino deve vir plena e integralmente, ele deve ser um reino de perdão, onde os cidadãos rebeldes podem ser corrigidos novamente e novamente e de novo.

O perdão e o grande reino

Cada vez que você pede perdão, você está certo. Toda vez que você pede perdão, pisa fora de seu pequeno reino e corre para o dele. Cada vez que você pede perdão, diz que a descrição que a Bíblia faz de você e de todos ao seu redor é precisa. Toda vez que você pede perdão, declara que sua vida não pertence a você, mas foi criada para os propósitos de outro. Toda vez que você pede perdão, diz que o egoísmo é o seu maior pecado e a graça é a sua única esperança. Toda vez que você pede perdão, está se lembrando de quem você realmente precisa. Toda vez que você pede perdão, recusa-se a sentir-se confortável com sua rebelião. Toda vez que você pede perdão, reconhece que o maior problema que enfrentamos na vida existe dentro de você, e não fora de você. Toda vez que você pede perdão, está orando para que o reino de Deus venha e sua vontade seja feita assim na terra como no céu. Toda vez que você pede perdão, torna o reino de Deus visível para os outros. Toda vez que você pede perdão, está adorando o Rei do perdão e incentivando outros a fazerem o mesmo. Toda vez que você pede perdão, sua visão é precisa, sua mente é esclarecida e seu coração está no lugar certo. Toda vez que você pede perdão, clama pela eternidade, quando o perdão terminará o seu trabalho de uma vez por todas. Toda vez que você pede perdão, diz a si mesmo que para todo o bem que tenha experimentado no reino de Deus ainda há mais que você necessita e mais para vir. Um estilo de vida que busca o perdão amplia tudo o que você toca ao tamanho do reino de Deus.

Paul Tripp, Em busca de algo melhor, p. 160

 

Bem que se poderia olhar para a Igreja de Jesus Cristo como uma grande peça de tapeçaria! A igreja, como essa peça coletiva, na qual cada ponto complexo da individualidade se une para formar uma formosa e una expressão da graça e beleza do eterno Deus se enxerga na linha desse necessário equilíbrio. Pois, é assim que Deus, na sua multiforme sabedoria nos trata. A história do profeta Jeremias nos serve como exemplo desse olhar divino da relação: Eu-nós.

“Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações”. Jeremias 1:5

1. A compreensão do eu dependente da compreensão de Deus.
“…Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi..”
Esta palavra do Senhor ao seu servo Jeremias me desafia a repensar minha abordagem acerca de quem eu sou. Deus me conhece intimamente muito antes dos meus questionamentos acerca de mim mesmo. Por isso, minha busca por respostas não se encontra em meu próprio eu, mas em quem me conhece antes de tudo. A vida de Jeremias não começou com ele próprio. Ele entrou em um mundo no qual as partes essenciais de sua existência já eram história antiga. Assim também ocorre comigo. Deus é o centro do qual toda a vida se desenvolve. Se usar meu ego como o centro a partir do qual estabeleço a tapeçaria de minha vida, viverei de forma desvairada. Porém, minha identidade começa no que Deus pensa sobre mim. Tendo isso em mente, não corro mais sem direção, tomado pelo pânico e pela ansiedade, procurando as respostas da vida. Antes, corro para Deus, que me conhece e me revela a verdade sobre a minha vida.

2. A consciência de meu lugar na existência
“… antes de você nascer, eu o separei.”
Ao ser separado antes do nascimento, Jeremias é consagrado para um propósito divino. Ou seja, ele é tirado da inutilidade do vazio de uma vida voltada para si e para o passageiro e é trazido para servir aos planos sábios e gloriosos do Eterno Senhor da vida. Separado do mundo que se opõe a Deus e trazido para a semelhança com Deus, que é santo, para participar do que Ele está realizando. E o que Deus está realizando? Ele está salvando, resgatando, abençoando, provendo, julgando, está reunindo Seu povo ao redor do Trono e do Cordeiro Jesus Cristo. Eu e você (crentes em Cristo Jesus) fomos separados por Deus para Deus. Meu lugar é em Deus.

3. A certeza do meu chamado
“… e o designei profeta às nações”.
Jeremias é designado (entregue para) profeta às nações, antes mesmo de nascer. Esse chamado é reflexo da natureza da misericordiosa e dadivosa de Deus. Primeiro, porque Ele se permite ser conhecido por pecadores. Sua Palavra chega aos seres humanos espalhados por todos os lugares. E nesse bendito movimento Ele usa o Seu povo. Em segundo lugar, porque os chamados devem viver para doar, como reflexo da natureza do Senhor que os chamou. A doação é marca presente na nossa redenção (João 3.16). Eu nasci de novo para entregar o que recebi, a vida de Jesus, o Evangelho. Doar é o ambiente natural no qual nascemos, seguindo o exemplo divino. A vida egocêntrica contrasta com nossa verdadeira natureza doadora. Ao doar, nos libertamos para cuidar dos outros, oferecendo nossas habilidades para o serviço ao próximo e ao reino de Deus.

Somando esses três pontos da minha existência, isto é, a compreensão de mim dependente da compreensão de Deus, a consciência de meu lugar na existência e a certeza do meu chamado, tenho a clareza acerca do papel da minha individualidade dentro do organismo vivo coletivo da igreja. Então, passo a entender a confissão do apóstolo Paulo, representando todo verdadeiro crente em Cristo Jesus, e a me mover por esse santo jeito: “”… Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” Gl 2.20.

Que o Senhor Deus nos abençoe!

Em Cristo,
Rev. Samuel. Samuel Santos Bezerra

 

 

Os últimos versículos do Salmo 126 recorrem a uma figura típica da agricultura da região do Neguebe. Apesar das múltiplas dificuldades relacionadas à aridez do terreno e à dura condição climática, as pessoas moravam e trabalhavam ali. Então, não seria muito difícil imaginar o dia a dia dessas pessoas. Talvez, antes do amanhecer, tomassem suas bolsas cheias de sementes e saíssem para fazer a única coisa que sabiam fazer: cultivar, trabalhar com a terra. E que terra, não? Debaixo de um sol causticante, caminhando em um solo desértico, sem nenhuma previsibilidade de chuva no alto das montanhas, elas semeavam e semeavam. Assim faziam não sem lágrimas, não sem lutas contra o desânimo. De um lado para o outro lançavam a semente, ainda que não as vissem brotar por dias ou meses. Todavia, envolvidos por uma dependência plena daquele que controla tudo, inclusive a natureza, esperavam pelas enxurradas do alto do Neguebe, enquanto saíam em lágrimas semeando! Que linda perseverança! Não sabiam quando viria a providência, mas esperavam, trabalhando! Que lição especial para nós!

O tema de 2024 para a nossa Igreja Presbiteriana Betel é: “Uma Igreja que Colhe no Poder do Espírito Santo”. Realmente, nesse tempo de celebração, desejamos colher muitos bons frutos para a glória do Senhor. E para isso, não podemos parar de semear. A despeito do clima, talvez não seja o mais favorável; a despeito da fadiga, presente na realidade de quem está no campo de semeadura; a despeito do desânimo dos companheiros; a despeito das reações e palavras injustas e acusatórias de quem deveria ladear conosco; a despeito da demora de brotar o que semeou, sugerindo que o trabalho foi em vão, não paremos! Aquele que começou boa obra em nós há de completá-la. Tenhamos esperança renovada apesar da sequidão. Você está cansado demais para esforçar-se? Escute: “Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará com êxtase de alegria, júbilo, trazendo seus feixes.”

Confiemos que no Senhor nosso trabalho não será vão. Ele está trabalhando! A confiança nessa promessa nos permitirá colher com alegria. Seja forte e não duvide de que Deus nos abençoará muito nesse ano. Virá mais graça ainda. Essa graça diz respeito à presença do presente Cristo Jesus em nós. É pela sua obra que perseveramos, e é no poder do Seu Espírito que avançamos. Deus tem nos concedido a bênção de representá-lo nesse mundo. Façamos, portanto, com intenso gozo, mas reconhecidos de sua dependência e com perseverança na missão concedida.

Em Cristo Jesus,
Rev. Samuel S. Bezerra

O caminho da imitação de Cristo Jesus é marcado, dentre outras coisas, por desafios, renúncia, esperança plena e satisfação por estar no Caminho e conduzir pessoas ao Caminho. O Senhor nos prometeu transformar de glória em glória, e esse processo já está em andamento. Devemos permanecer firmes nessa realidade, como nos exorta o apóstolo Paulo em Filipenses 4.1: Portanto, meus amados irmãos, de quem tenho muita saudade, vocês que são a minha alegria e coroa, sim, meus amados, permaneçam, deste modo, firmes no Senhor.

Aqui observamos o apóstolo expressando que tipo de relacionamento mantém com a igreja de Filipos, a saber, um relacionamento fundamentado no amor. Por isso, ressalta a importância do viver fraterno e do reconhecimento do progresso espiritual. A permanência na firmeza é revelada na ocupação uns com os outros.

– Permaneçamos firmes nos ocupando uns com os outros:

² Peço a Evódia e peço a Síntique que, no Senhor, tenham o mesmo modo de pensar. ³ E peço também a você, fiel companheiro de jugo, que auxilie essas mulheres, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, juntamente com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da Vida. (Filipenses 4.2-3).

Ao interceder por Evódia e Síntique, duas irmãs envolvidas no serviço da igreja, o apóstolo nos ensina que:

1. A saúde da igreja é muito importante.

Havia algum problema no relacionamento daquelas irmãs que não podia ser ignorado pela igreja de Filipos, nem pelo apóstolo Paulo. Ao ponto de, mesmo distante geograficamente (Paulo estava encarcerado quando escreveu essa carta), ter o cuidado de registrar em sua carta um pedido para a resolução de “um problema” entre duas irmãs muito atuantes e dispostas, mas que no caminho do serviço, esbarraram-se com as pedras da velha natureza e tiveram algum tipo de desentendimento. Não sabemos ao certo do que se tratava, mas, pela intervenção do apóstolo, aquilo não estava fazendo bem à igreja. E não é verdade que relacionamentos truncados costumam impedir o avanço da igreja e dificultar a expressão fluente do amor? Portanto, podem atrapalhar a saúde da igreja.

2. Problemas nos relacionamentos são uma dura realidade depois da queda, mas, não resolvidos, não contribuem para a firmeza da igreja.

É por isso que o apóstolo Paulo dedica um trecho da carta para trabalhar com a resolução dessa dificuldade. Aplicando ao nosso contexto, como você tem enxergado o seu papel no sentido da pacificação? Indiferente? Incendiário? Egoísta (pensando somente em si e não na igreja)? Ocupado em agradar a todos, mas deixou de agradar a Deus e nunca confronta biblicamente o erro?

Como devemos ser instrumentos de paz e resolução nessa área? A resposta passa por:

a) Equalizar nossa vida com a vida de Cristo

Lembremos do que foi ensinado no capítulo 2 dessa mesma epístola, acerca do modelo que deve pautar nosso agir, sentir e pensar, ou seja, Cristo Jesus. Portanto, a solução para as discordâncias e espinhos nos relacionamentos tem a ver com “pensar concordemente no Senhor”. No Corpo de Cristo Jesus, somente podemos trabalhar em equipe de maneira abnegada e sacrificial se estivermos em harmonia com o pensamento de Cristo. É isso que significa pensar a mesma coisa.

b) Entender que o trabalho cristão é desenvolvido em equipe (v.3)

O apóstolo Paulo insere na diligência para a resolução do problema entre Evódia e Síntique outro irmão que não sabemos ao certo quem era, mas, seguramente, era membro fiel e dedicado da igreja em Filipos. Assim, incumbido de intermediar a situação, como uma espécie de construtor de pontes, esse irmão trabalhava para a reconciliação. Os crentes precisam revelar esse caráter e disposição. É a dinâmica de cada cooperador realizando seu papel em favor do reino, versículo 3 (“Porque trabalharam comigo no Evangelho e com Clemente, e com outros meus cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida”).

Na Betel, também devemos encorajar os discípulos de Jesus Cristo a desempenhar seu papel na resolução das dificuldades, reconhecendo que fomos chamados para cooperar, ocupando-nos com o aperfeiçoamento mútuo conforme à imagem de Cristo Jesus.

Que essa exortação do Senhor Deus, por meio do seu servo apóstolo Paulo, nos estimule a viver de maneira firme no Senhor, ocupados uns com os outros e desfrutando da firmeza em Cristo Jesus e assim, avançarmos. Que a paz de Deus guarde nossos corações e mentes em Cristo Jesus. Amém.

Seu amigo e companheiro na pacificação,
Rev. Samuel Santos Bezerra